Hoje vou fazer algo que vai contra os meus princípios. Criticar um livro.
Não tenho por hábito fazê-lo porque a escrita é um exercício de criatividade, LIVRE, e sendo assim entendo que há pouco espaço para críticas, para cada autor haverá um público portanto se eu não gosto, meto para o lado.
Só que autores há que esticam o cordel. De verdade.
Há autores (recuso-me chamar-lhes escritores) que de tão maus que são me fazem subverter os meus princípios, e este, que aqui vos trago hoje, é um deles.
Comecemos pelo princípio, desde tenra idade demonstrei gosto pela leitura, portanto, amigos, mas sobretudo familiares, adquiriram o hábito (que eu muito prezo) de me oferecerem livros.
Assim sendo não é de estranhar que tenha uma dezena de livros prontos a serem lidos (confesso que o tempo já foi mais folgado).
Pois bem, ontem decidi que era um belo dia para dar inicio à leitura de um desses exemplares perdidos na estante. Contemplei as capas e deparei-me com o seguinte título " O filho de Odin - Guerras de Midgard".
Excelente, pensei eu, um confesso amante da literatura de fantasia.
E aí deu merda.
O autor pegou numa série de mitos criaturas mitológicas construções fantasiosas factos históricos misturou tudo num mega caldeirão de estupidez rasgou 400 folhas de papel em branco lançando-as ao caldeirão e imprimiu o que lá veio agarrado (assim mesmo, sem pontuação).
Caralho, na primeira página eu já conseguia imaginar o Tolkien às voltas no caixão, quando li sobre Elfos Negros na segunda guerra mundial, a combaterem Trolls, Vampiros (o Drácula ja tinha morrido), Humanos (Alemães) e Anões.
Como se não bastasse tentar impingir-me esta história aparentemente brilhante e muito imaginativa ( o caralho!), o gajo ainda o fazia com o pior português que alguma vez vi impresso (sem contar com os apontamentos de faculdade).
E quando eu estava disposto a mandar o livro pela janela, eis que leio o seguinte parágrafo:
" De volta às trincheiras inglesas, o soldado guardou a pistola, após ter eliminado a única unidade que o preocupava mais, desembainhou a sua espada "
E aí reguei-o com gasolina e cheguei-lhe um fósforo...
Alguém me explica que sentido faz este parágrafo, por favor?
E agora uma citação (porque há sempre quem já tenha dito melhor aquilo que tu queres dizer):
"Ó João Zuzarte Reis Piedade, fode lá à vontade, não me fodas é a mim!"
Com padrinhos destes eu devia ter imaginado o que aí vinha. |
10 comentários:
pois, sabes, às vezes os livros são bons. os tradutores é que não.
O autor é português...
Mas talvez entenda o teu comentário. Ele escreveu numa lingua própria e alguém, na gailivro, deveria ter traduzido para a língua portuguesa!
Pois.
É por isso que eu faço como a Lucy "Livros, e coisas com palavrinhas: ebito".
Confesso que nem conhecia o livro, não me sobre muito tempo para livros que não sejam técnicos, entretanto mantenho o meu livro de cabeceira de há 8 anos (já o li, mas gosto tanto dele que gosto de ir relendo passagens).
Eu vou passar a eBitar tudo o que venha deste brilhante autor.
Estou desiludida!
(sim, ainda estou por aqui hoje... entre a papelada chata vou-te lendo)
... continuando.
Onde ia eu... Ah!
Estou desiludida. Eu tinha vindo dar a este "pardieiro" com uma série de expectativas (baixas claro) e não é que afinal tens coisas positivas:
a) és benfiquista (também gosto de portistas, mas isso não vem ao caso agora)
b) os after-eight (não fui comprar, ainda...)
c) gostas de ler... LIVROS!!!!!
Afinal El Louco revelou-se alguém potencialmente interessante. Shame on you.
Não era a minha intenção.
Juro que é fachada.
Isso e comentares com dois perfis diferentes... esquizofrénico??
O perfil é o mesmo, mudei foi a foto de apresentação.
Quanto à esquizfrenia, não nem confirmo nem desminto.
E eu ando meia perdida à procura das tuas respostas aos comments que deixei por aqui não sei muito bem onde... (esqueci-me de subscrever!)
Eu faço-te uma avaliação psicológica.
Fico à espera!
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