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Grupo de pessoas que leram e aguentaram

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tenho pois!

De cada vez que vou a uma repartição pública perco a fé na humanidade.
A sério que sim.

Mas a última vez foi ainda mais esclarecedora, ao mesmo tempo que traumatizante.
Como se não bastasse ter mais de uma centena de pessoas à minha frente na segurança social, como se não fosse penoso o suficiente ver pessoal com bom corpinho para acartar baldes de massa a pedir subsidio de desemprego, ou ver imigrantes acabados de desembarcar, apenas com autorização de entrada e sem sequer um visto de permanência, pedir subsidios, no fim disto tudo, ainda tive que ser atendido.
E digo-vos que não há nada NO MUNDO que nos prepare para tanta prepotência e incompetência junta.
Aliás, eu não sei como é que a senhora que me atendeu, "fake blond", gorda (eram todos gordos, por acaso, mas aquele gordo pré-morbido) e com 1.60m, conseguia num corpinho tããão atarracado e visivelmente "congestionado" acomodar tanta incompetência.
Enfim, eu pelas respostas que ela ia dando a quem estava à minha frente já imaginava que a coisa ia correr mal, e portanto ia rezando para ser atendido por outro qualquer (provavelmente o meu destino seria o mesmo).
Só que Deus virou-me as costas depois de eu lhe chamar cabrão por ter deixado o Rui Costa sair para a Fiorentina em  1994.
Enfim, resignado dirigi-me à cadeira, tive que afastar a perninha de uma criança que acompanhava uma pedante (provavelmente a criança nem era dela, mas dava jeito para ser atendida com a senha prioritária), e sentei-me.
Expus a situação, disse-lhe que me estava a candidatar a uma bolsa de estudo e que o tio Sócrates me tinha dito que não me dava um cento que fosse porque tinha dívidas na segurança social.
Iluminada como só ela, a senhora pergunta-me :

- "É trabalhador independente?"
- "Não, trabalho por conta de outrém", respondi eu.

Ao que ela, no topo da sua sabedoria me responde:

- "Então não pode ter dívidas à segurança social, estou farta destas escolas bla bla bla" (deixei de ouvir porque ela começou a cuspir ódio virando-se de costas)

Quando voltou trazia uma folhinha, e eu percebi logo que ia ser corrido da cadeira.

 - "Preencha isso e entregue, o certificado chega em 10 dias úteis atestando que não tem qualquer dívida"

Eu ainda tentei ripostar, dizendo-lhe:

- "Mas repare, essa não deve ser a solução, não há outra forma ? É que diz-me que o certificado leva 10 dias úteis a ser emitido e eu tenho 10 dias corridos para contestar a decisão"

Ela ligou a cassete e respondeu

- "Da nossa parte são dez dias!"

eu:

- "Mas..."

ela:

- "10 dias!"

Caralho, tá bem. Levantei-me e fui à minha vida.



Amanhã conto como acabou o episódio...
O post já vai longo

5 comentários:

Anónimo disse...

ahahah, coitado.
Da ultima vez que fui a um serviço publico, foi às finanças so para alterar a morada fiscal.
Esperei tipo 1 hora e pedi o livro de reclamações. Adoro reclamar =)

Louco disse...

Reclamar aborrece-me...

Anónimo disse...

Ser,gorda,loira,chata,ok...suporto.Agora puta??
Ahh...aqui ainda não são legais!ela que se ponha mansa. ;)

Anónimo disse...

Só te posso dizer "Boa sorte". Não tenho boas histórias de Segurança Social para contar e das vezes que "a coisa" se resolveu não consigo explicar porquê. Quase seria mais fácil tentar perceber o big-bang.

Anónimo disse...

E como acabou o episódio??